quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O perigo da ideologia de gênero nas escolas: é um crime em vários aspectos!


Nesta semana, começa a votação, nas câmaras municipais de todo o Brasil, dos Planos Municipais de Educação, desenvolvidos para o planejamento educacional das cidades durante os próximos dez anos. Porém, uma das proposições feitas para esses planos vem gerando polêmica: a ideologia de gênero.
A ideologia de gênero não é nada mais que a negação de que existem sexos ao nascimento, com a afirmação que a sexualidade é uma construção social, onde a pessoa escolheria o que deseja ser. É também implantada na linguagem, com a negação de gênero nas palavras, com a substituição das letras a pela letra x; para dar um exemplo, a palavra menino, ou a sua variação no feminino, que seria a palavra menina, transformam-se em meninx, visando a neutralidade.

A ideologia de gênero, na verdade, tem suas origens nas ideias dos pais do comunismo, Karl Marx e Friedrich Engels.
Na submissão da mulher ao homem através da família, e na própria instituição familiar, Marx e Engels entenderam estar a origem de todos os sistemas de opressão que se desenvolveriam em seguida. Se essa submissão fosse consequência da biologia humana, não haveria nada que fosse possível fazer. Mas no livro “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, o último livro escrito por Marx e terminado por Engels, esses autores afirmam que a família não é consequência da biologia humana, mas do resultado de uma opressão social produzida pela acumulação da riqueza entre os primeiros povos agricultores. Eles não utilizaram o termo gênero, que ainda não havia sido inventado, mas chegaram bastante perto.
Tal ideologia é um crime em vários aspectos: primeiramente, se considerarmos a ideia de a administração central decidir o que o aluno deve ou não aprender, ignorando totalmente o direito de escolha dos pais em relação à metodologia de ensino desejada por eles. Segundamente, pela atribuição dos municípios perante o Plano Nacional de Educação, que é a de fornecer a chamada educação básica, que vai do chamado maternal até o quinto ano do ensino fundamental; ou seja, esse tipo de ideologia seria ensinado para crianças de 0 a 10 anos, o que seria uma afronta dos atuais administradores governamentais, “especialistas” em educação, e de suas agendas panfletárias à educação formativa fornecida pelos pais de acordo com os seus preceitos, opiniões, crenças e tradições, numa clara forma de doutrinação ideológica. Terceiro, que o gênero é um conceito ideológico que tenta anular as diferenças e aptidões naturais de cada sexo; e há ainda o quarto aspecto, que consiste em ignorar o indivíduo em prol da formação de militância e blocos coletivos.
Não podemos deixar que o Estado tente definir o que é melhor para os nossos filhos em matéria de educação. É tarefa e direito dos próprios pais definir como esse tema será abordado e tratado nas famílias. Se os Planos Municipais de Educação forem aprovados tal como estão sendo propostos, os pais e mães brasileiros se tornarão reféns das agendas defendidas pelo governo, que, como já vimos anteriormente e como já ocorre em diversos lugares do país, distribui materiais “didáticos” que visam corromper precocemente as crianças brasileiras. Ou que se proponham novas soluções, como o voucher educacional, onde os pais escolheriam qual tipo de educação seu filho teria, com o governo apenas pagando a escola.

Qual é o objetivo?

Segundo reportagem ao site da canção nova: padre Solano diz que  “o objetivo agora é criar um “sistema educativo”, pedagógico, dentro do qual um dos passos seja permitir que a pessoa não se sinta reconhecida na sua natureza; que simplesmente, com o passar do tempo, ela mesma possa descobrir qual é o seu estado natural e, assim mesmo, “decidir” se é homem ou mulher. Essa suposta decisão vem acompanhada de um aniquilamento da pessoa, substituindo-a por alguém sem identidade”.
Segundo o especialista, há ainda outros passos a serem cumpridos: a desconstrução do significado do termo pessoa e individuo; eliminada a pessoa, eliminam-se suas relações e seus efeitos, dando margem ao chamado “poliamor”, onde as pessoas podem estabelecer matrimônios ou uniões de fato, mas sempre abertas a outros tipos de relações. O último dos itens dessa agenda é eliminar todo tipo de relação com a religião e com Deus, o que equivale a implantar o ateísmo.
Então, como mostra doutor Solano, estamos na fase da implantação da ID nas escolas, de modo a formar gerações com a cultura da Ideologia de Gênero. Cabe aqui dizer que o assunto é tão grave, por ser destruidor da pessoa, da família e da religião, que o Papa Francisco já condenou, pelo menos cinco vezes, a ID.
O site da ACI Digital (02/12/2016) apresentou essas condenações do Papa*, que resumo aqui:

1 – É uma colonização ideológica

Dirigindo-se aos bispos da Polônia, afirmou que, “na Europa, na América, na América Latina, na África e em alguns países da Ásia há verdadeiras colonizações ideológicas. E uma dessas – digo claramente com nome e sobrenome – é a ideologia de gênero!”. “Hoje, ensinam as crianças – as crianças! – que estão na escola: cada um pode escolher o seu sexo. Por que ensinam isso? Porque os livros são das pessoas e instituições que lhes dão dinheiro. São as colonizações ideológicas, sustentadas também por países muito influentes. Isso é terrível!”.

2 – Esvazia o fundamento antropológico da família

Na exortação apostólica Amoris Laetitia, o Santo Padre explica, no parágrafo 56, que a ideologia de gênero “prevê uma sociedade sem diferenças de sexo, e esvazia a base antropológica da família”. “Essa ideologia leva a projetos educativos e diretrizes legislativas que promovem uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher”.

3 – É um equívoco da mente humana

“E há também esse erro da mente humana, que é a teoria de gênero, que cria tanta confusão”.

4 – É um passo atrás

Em abril de 2015, em sua Catequese sobre o ser humano criado por Deus como homem e mulher, disse: “… pergunto-me se a chamada Ideologia de Gênero não seja expressão de uma frustração e de uma resignação, que visa cancelar a diferença sexual, porque não sabe mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de dar um passo atrás. A remoção da diferença, na verdade, é o problema, não a solução”.

5 – Doutrinar crianças com ideologia de gênero é uma maldade

Na coletiva de imprensa que ofereceu na volta de sua viagem de Azerbaijão a Roma, o Papa falou sobre “a maldade que se faz hoje com a doutrinação da ideologia de gênero”. O Papa disse: “Um pai francês me contou que falava, à mesa, com os filhos e perguntou ao menino de 10 anos: “O que quer ser quando crescer?”. “Uma menina”, respondeu a criança. O pai notou que o livro da escola ensinava a Ideologia de Gênero, e isso vai contra as coisas naturais. Uma coisa é a pessoa ter essa tendência, essa opção, e também quem muda de sexo. Outra coisa é ensinar nas escolas essa linha para mudar a mentalidade. Isso eu chamo de colonização ideológica”.
Pais e mães não podemos deixar que escolas e o governo imponham como devemos criar nossos filhos, temos que nos impor contra materiais que exponham as crianças a temas de sexo e ideologias fora do contexto escolar e fora da faixa etária deles.
A ideologia de gênero não pode estar no currículo escolar, temos que mostrar a sociedade que quem manda na educação da família são os pais e não campanhas de produtos, que querem que as crianças sejam o que elas quiserem, lembrem-se crianças precisam de exemplos e atitudes, bons exemplos e boas atitudes os levarão a serem pessoas de bem, independente de suas opções no futuro, quando criança digam NÃO à ideologia de gênero!





O texto teve consulta:
https://www.institutoliberal.org.br/blog/o-perigo-da-ideologia-de-genero-nas-escolas
http://www.acidigital.com/noticias/5-advertencias- do-papa-francisco-sobre- a-ideologia- de-genero- 48028/