sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Males do Inverno Amazônico: aumento dos insetos!




Com a chegada das chuvas, a diminuição da temperatura e sol mais brando as crianças ficam felizes pela ausência do calor na nossa região, porém o aumento das chuvas traz consigo a proliferação de insetos e com isso nossas crianças são as mais afetadas, por estarem vulneráveis a este mal.
Na minha residência, desde o ano passado aumentamos os cuidados com a chegada dos insetos, pois minha filha de dois anos  é alérgica a picada de todos os insetos e formigas, com isso nossa atenção é redobrada.  
Vou contar algumas atitudes que estão dando certo com ela e tenho certeza que ajudarão alguns pais que sofrem neste período com seus filhos.
Já fomos diversas vezes a médicos, alergistas, dermatologistas para tentarmos minimizar os problemas com as picadas de insetos, nossa primeira atitude e é a mais recomendada é o uso dos repelentes, usamos OFF Kids desde os 6 meses de vida da nossa filha, e ao longo do dia passamos ainda uma 2 vezes mais, além disso, quando acontecem picadas passamos pomadas com anti-histamínicos e calmantes para que ela não irrite a pele e não venha a coçá-las, causando ferimentos, quando isso ocorre, recorremos ao antibiótico para evitar proliferação de bactérias.

Mas outro aliado constante em nossa casa e muito válido, são os repelentes naturais, que colocamos em forma de velas: são de citronela, na cor verde e de andiroba na cor marrom ou vermelha, essas velas são verdadeiros achados em se tratando de afastar os tão odiados mosquitinhos, moscas e carapanãs (nome dos mosquitos e pernilongos aqui na nossa região).
Acendemos velas em todas as partes da casa, e só apagamos quando todos foram dormir, é um gasto barato e muito eficaz, sem falar que o uso de inseticidas fica proibido por causa da saúde dos nossos pequenos ser muito frágil.
Em um artigo muito interessante a Dra. Rosane Bergwerk, alergista fala ressalta as  doenças adversas decorrentes dpicada de insetos podem ser por 2 tipos: 
  • Por insetos sugadores ou hematófagos (mosquitos, pernilongos, borrachudos, mutucas e pulgas) que provocam reações locais e geralmente auto-limitadas
  • Por insetos que injetam veneno (vespas, abelhas e formigas), os quais podem provocar reações graves como anafilaxia.
Os insetos sugadores provocam reações em qualquer faixa etária, mas suas primeiras manifestações incidem entre quatro meses a oito anos de idade. É mais comum o aparecimento de reações em crianças entre dois a sete anos de idade. 

O diagnóstico é clínico e as lesões apresentam um aspecto característico. Inicialmente estas lesões tem 3 a 10 milimetros formando uma circunferência com uma saliência avermelhada, com um ponto central hemorrágico (avermelhado) em número de cinco ou seis, posteriormente é substituído por uma bolha pequena de conteúdo líquido. Esta gota se rompe espontaneamente ou pela coçadura e forma uma crosta. Essa evolução é de oito dias. 

Às vezes acontece uma infecção secundária no local. Esta infecção pode vir da coçadura da lesão ou das fezes do inseto, que quando sugam podem também evacuar. Após a queda da crosta, podem aparecer manchas no local (mais claras ou mais escuras). Uma única picada pode originar múltiplas lesões por disseminação sanguínea dos agentes inflamatórios. 
O estrófulo localiza-se especialmente em braços, pernas, cintura, abdômen, região glútea e dorso. É menos comum em face e órgãos genitais. Não são encontrados em regiões axilares. As lesões provocadas pela picada de inseto causam muita coceira, mais a noite. O estrófulo tende a desaparecer com a idade, mas pode se manter por três ou quatro anos seguidos. 
Como prevenir
Podem ser estabelecidas medidas preventivas em relação aos insetos e ao indivíduo. Em relação aos insetos é interessante eliminar depósitos de água parada, onde são depositados ovos de insetos, na casa e nas suas proximidades. Deve-se usar inseticidas nos ralos para proteger os ambientes, empregar inseticidas e repelentes de insetos nas residências, calafetar o assoalho e dedetizar a casa. Colocar telas nas janelas e cortinados nos quartos é recomendável. Deve-se afastar os cães e gatos e se não for possível, mantê-los limpos e livres de pulgas. 
Tratamento das crises de picada de inseto
O tratamento sugerido para as crises é a associação de anti-histamínicos orais e corticosteroides tópicos. Não é indicada a automedicação, pois existem pomadas de anti-histamínicos, por exemplo, que podem ser fotossensibilizantes, ou seja, quando a pessoa sai em ambiente ensolarado pode provocar queimaduras. Essa informação somente o especialista pode fornecer. Não é incomum o paciente comprar pomadas com associação de corticosteroides e outras substâncias que não tem nada a ver com picada de inseto, e portanto pode piorar a lesão. A orientação, portanto, é procurar um médico especialista que possa indicar o melhor tratamento. Em caso de lesão com infeção secundária, é necessário antibiótico via oral. Em raríssimos casos a lesão pode complicar-se muito formando o que chamamos de celulite, necessitando de internação e antibiótico injetável. 
Tratamento preventivo
Normalmente acontece uma hipossensibilização natural, ou seja, o indivíduo vai ficando menos alérgico após um número variável de anos. A imunoterapia específica (vacinas antialérgicas) pode ser usada buscando acelerar as etapas sucessivas do estrófulo, diminuindo o tempo da doença e prevenindo o aparecimento de cicatrizes. Existe uma outra opção que é utilizar anti-histamínicos via oral não sedantes (que não causam sono) nos meses de verão. A cura natural acontece em 47,1% dos pacientes, a infeção secundária acontece em 52,9% dos pacientes que não fazem imunoterapia e entre 8,8% a 10,0% daqueles que fazem imunoterapia. 



Picadas de abelhas, vespas, marimbondos e formigas de fogo são mais problemáticos em termos de reações alérgicas. Picadas de mosquitos, carrapatos, moscas, formigas e algumas aranhas também podem causar reações. Escorpião, aranhas e algumas formigas podem ser desencadear reações muito severas. Há também insetos que transmitem doenças, como a dengue, malária e febre amarela, entre outras. Nestes casos, o cuidado precisa ser redobrado.

TRATAMENTO
Quando são reações leves e corriqueiras o tratamento é simples.
Veja algumas dicas: Se houver muitos insetos na região, um enxame, ou algo do tipo, dirija-se a uma área segura para evitar mais picadas; se houver ferrão preso à pele, retire-o. Esta atitude impedirá que mais veneno seja liberado. Lave a área com água e sabão; uma compressa fria pode reduzir a dor e o inchaço; analgésicos podem aliviar a dor das picadas; cremes tópicos podem aliviar a coceira, como loção de calamina ou aqueles que contêm aveia coloidal ou bicarbonato de sódio, enquanto outros ajudam a controlar a dor.  Reações alérgicas podem provocar náuseas ligeiras e cólicas intestinais, diarreia, inchaço local.


 E é isso mamães e papais, ainda no Portal da Sociedade Brasileira de dermatologia vocês encontrarão muitas dicas sobre os tratamentos preventivos que podemos ter com nossos filhos, agora que minha filha completou 2 aninhos já podemos fazer um tratamento mais eficaz, vamos providenciar, para que ela sofra menos nos próximos invernos.


Abraços e até a próxima!

Joana Zandonadi