Com a chegada das chuvas, a
diminuição da temperatura e sol mais brando as crianças ficam felizes pela
ausência do calor na nossa região, porém o aumento das chuvas traz consigo a
proliferação de insetos e com isso nossas crianças são as mais afetadas, por
estarem vulneráveis a este mal.
Na minha residência, desde o
ano passado aumentamos os cuidados com a chegada dos insetos, pois minha filha
de dois anos é alérgica a picada de
todos os insetos e formigas, com isso nossa atenção é redobrada.
Vou contar algumas atitudes
que estão dando certo com ela e tenho certeza que ajudarão alguns pais que
sofrem neste período com seus filhos.
Já fomos diversas vezes a
médicos, alergistas, dermatologistas para tentarmos minimizar os problemas com
as picadas de insetos, nossa primeira atitude e é a mais recomendada é o uso
dos repelentes, usamos OFF Kids desde os 6 meses de vida da nossa filha, e ao
longo do dia passamos ainda uma 2 vezes mais, além disso, quando acontecem
picadas passamos pomadas com anti-histamínicos e
calmantes para que ela não irrite a pele e não venha a coçá-las, causando
ferimentos, quando isso ocorre, recorremos ao antibiótico para evitar
proliferação de bactérias.
Mas outro aliado constante em
nossa casa e muito válido, são os repelentes naturais, que colocamos em forma
de velas: são de citronela, na cor verde e de andiroba na cor marrom ou
vermelha, essas velas são verdadeiros achados em se tratando de afastar os tão
odiados mosquitinhos, moscas e carapanãs (nome dos mosquitos e pernilongos aqui
na nossa região).
Acendemos velas em todas as
partes da casa, e só apagamos quando todos foram dormir, é um gasto barato e
muito eficaz, sem falar que o uso de inseticidas fica proibido por causa da
saúde dos nossos pequenos ser muito frágil.
Em um artigo muito
interessante a Dra. Rosane Bergwerk, alergista fala ressalta as doenças adversas decorrentes de picada de insetos podem ser por 2 tipos:
- Por
insetos sugadores ou hematófagos (mosquitos, pernilongos, borrachudos,
mutucas e pulgas) que provocam reações locais e geralmente auto-limitadas
- Por
insetos que injetam veneno (vespas, abelhas e formigas), os quais podem
provocar reações graves como anafilaxia.
Os insetos sugadores provocam reações em qualquer faixa etária, mas suas
primeiras manifestações incidem entre quatro meses a oito anos de idade. É mais
comum o aparecimento de reações em crianças entre dois a sete anos de
idade.
O diagnóstico é clínico e as lesões apresentam um aspecto
característico. Inicialmente estas lesões tem 3 a 10 milimetros formando uma
circunferência com uma saliência avermelhada, com um ponto central hemorrágico
(avermelhado) em número de cinco ou seis, posteriormente é substituído por uma
bolha pequena de conteúdo líquido. Esta gota se rompe espontaneamente ou pela
coçadura e forma uma crosta. Essa evolução é de oito dias.
Às vezes acontece uma infecção secundária no local. Esta infecção pode
vir da coçadura da lesão ou das fezes do inseto, que quando sugam podem também
evacuar. Após a queda da crosta, podem aparecer manchas no local (mais claras ou
mais escuras). Uma única picada pode originar múltiplas lesões por disseminação
sanguínea dos agentes inflamatórios.
O estrófulo localiza-se especialmente em braços, pernas, cintura,
abdômen, região glútea e dorso. É menos comum em face e órgãos genitais. Não
são encontrados em regiões axilares. As lesões provocadas pela picada de inseto
causam muita coceira, mais a noite. O
estrófulo tende a desaparecer com a idade, mas pode se manter por três ou
quatro anos seguidos.
Como prevenir
Podem ser estabelecidas medidas preventivas em relação aos insetos e ao
indivíduo. Em relação aos insetos é interessante eliminar depósitos de água
parada, onde são depositados ovos de insetos, na casa e nas suas proximidades.
Deve-se usar inseticidas nos ralos para proteger os ambientes, empregar
inseticidas e repelentes de insetos nas residências, calafetar o assoalho e
dedetizar a casa. Colocar telas nas janelas e cortinados nos quartos é
recomendável. Deve-se afastar os cães e gatos e se não for possível, mantê-los
limpos e livres de pulgas.
Tratamento das
crises de picada de inseto
O tratamento sugerido para as crises é a associação de anti-histamínicos
orais e corticosteroides tópicos. Não é indicada a automedicação, pois existem
pomadas de anti-histamínicos, por exemplo, que podem ser fotossensibilizantes,
ou seja, quando a pessoa sai em ambiente ensolarado pode provocar queimaduras.
Essa informação somente o especialista pode fornecer. Não é incomum o paciente
comprar pomadas com associação de corticosteroides e outras substâncias que não
tem nada a ver com picada de inseto, e portanto pode piorar a lesão. A
orientação, portanto, é procurar um médico especialista que possa indicar o
melhor tratamento. Em caso de lesão com infeção secundária, é necessário
antibiótico via oral. Em raríssimos casos a lesão pode complicar-se muito
formando o que chamamos de celulite, necessitando de internação e antibiótico
injetável.
Tratamento
preventivo
Normalmente
acontece uma hipossensibilização natural, ou seja, o indivíduo vai ficando
menos alérgico após um número variável de anos. A imunoterapia específica
(vacinas antialérgicas) pode ser usada buscando acelerar as etapas sucessivas
do estrófulo, diminuindo o tempo da doença e prevenindo o aparecimento de
cicatrizes. Existe uma outra opção que é utilizar anti-histamínicos via oral
não sedantes (que não causam sono) nos meses de verão. A cura natural acontece
em 47,1% dos pacientes, a infeção secundária acontece em 52,9% dos pacientes
que não fazem imunoterapia e entre 8,8% a 10,0% daqueles que fazem
imunoterapia.
Picadas de abelhas, vespas, marimbondos e formigas de fogo são mais
problemáticos em termos de reações alérgicas. Picadas de mosquitos, carrapatos,
moscas, formigas e algumas aranhas também podem causar reações. Escorpião,
aranhas e algumas formigas podem ser desencadear reações muito severas. Há
também insetos que transmitem doenças, como a dengue, malária e febre amarela,
entre outras. Nestes casos, o cuidado precisa ser redobrado.
TRATAMENTO
Quando são reações leves e corriqueiras o tratamento é simples.
Veja algumas dicas: Se houver muitos insetos na região, um enxame, ou
algo do tipo, dirija-se a uma área segura para evitar mais picadas; se houver
ferrão preso à pele, retire-o. Esta atitude impedirá que mais veneno seja
liberado. Lave a área com água e sabão; uma compressa fria pode reduzir a dor e
o inchaço; analgésicos podem aliviar a dor das picadas; cremes tópicos podem
aliviar a coceira, como loção de calamina ou aqueles que contêm aveia coloidal
ou bicarbonato de sódio, enquanto outros ajudam a controlar a dor.
Reações alérgicas podem provocar náuseas ligeiras e cólicas intestinais,
diarreia, inchaço local.
E é isso mamães e papais, ainda no Portal da Sociedade Brasileira de
dermatologia vocês encontrarão muitas dicas sobre os tratamentos preventivos
que podemos ter com nossos filhos, agora que minha filha completou 2 aninhos já
podemos fazer um tratamento mais eficaz, vamos providenciar, para que ela sofra
menos nos próximos invernos.
Abraços e até a próxima!
Joana
Zandonadi